Geopolítica das relações entre EUA e América do Sul
Palabras clave:
América do Sul, EUA, Geopolítica, Relações InternacionaisSinopsis
O presente livro se propôs a contribuir para a compreensão do contexto geopolítico da política externa dos EUA para a América do Sul.
O livro foi dividido em duas partes subdivididas em capítulos distintos. Na primeira parte buscou-se sintetizar por meio de pesquisas bibliográficas, dissertações, teses, artigos de revistas e jornais, bem como de páginas digitais e documentos oficiais dos governos envolvidos na pesquisa, o histórico das relações geopolíticas entre os EUA e a região desde o início do século XIX, com a Doutrina Monroe, até a gestão de George W. Bush, para verificar de que modo foram construídas essas relações ao longo dos anos.
Na segunda parte foi elaborada uma pesquisa por meio de fontes bibliográficas diversas sobre assuntos relativos ao tema, com foco em geopolítica e relações internacionais, de documentos oficiais e discursos da gestão presidencial norte-americana, do Congresso e das Forças Armadas, bem como de sites e think tanks especializados nessa temática, buscando compreender de que modo ocorreu a condução da política externa dos EUA durante os governos de Barack Obama para a América do Sul.
Conclui-se que, as relações geopolíticas entre EUA e América do Sul foram caracterizadas pela oscilação entre períodos de forte presença do poderio estadunidense no hemisfério e períodos de cooperação por parte da potência hegemônica, ainda que, no governo de George W. Bush, tenha ocorrido um afastamento entre Washington e a América do Sul, resultante da campanha estadunidense no Oriente Médio.
No governo de Barack Obama, a América do Sul continuou como uma área dotada de importância estratégica para o governo de Washington na agenda de segurança, sendo o narcotráfico um fator prejudicial à segurança nacional estadunidense, enquanto, na agenda econômica, a América do Sul continuou sendo um mercado importante de fornecimento de commodities e manufaturados para os EUA, e também um mercado comprador das exportações estadunidenses.
Contudo, mesmo com os discursos de aproximação e cooperação de Barack Obama em relação à região, sua política externa em quase nada foi alterada em comparação à gestão de George W. Bush, o que nos permite concluir que a América do Sul, embora importante, foi considerada uma região secundária na política externa estadunidense durante o governo Obama.