Azeite de Dendê: Ações Socioculturais

Autores

Angela Machado Rocha (organizadora)
Universidade Federal da Bahia (UFBA)
https://orcid.org/0000-0003-0174-3431

Palavras-chave:

Ações Socioculturais, Azeite de Dendê, Bahia, Cultura

Sinopse

O dendezeiro é uma palmeira de origem africana que chegou no Brasil Colonial e do qual são extraídos distintos subprodutos de seu fruto, o dendê, dentre os quais o azeite que é amplamente utilizado na culinária afro-brasileira e em diversos pratos da gastronomia baiana, uma expressão viva da identidade cultural e histórica em termos de práticas tradicionais de uma cadeia produtiva e de uma cadeia socioeconômica e religiosa do estado da Bahia.

Partindo do azeite de dendê como objeto de estudo, o presente livro aborda, ao longo de cinco capítulos escritos porpesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a sua cadeia produtiva desde à montante, com um processo artesanal de extração em um conjunto restrito de municípios baianos até a jusante em seu uso e pós-uso na capital, Salvador. 

No primeiro capítulo, intitulado “Ações de salvaguarda do ofício: a Associação das Baianas de Acarajé, Mingau e Receptivo na preservação do azeite de dendê da Bahia”, é discutida a atuação da ABAM e analisado um conjunto sistemático de ações na promoção dos saberes tradicionais associados ao dendê em um contexto de continuidade do seu patrimônio imaterial.

“Cultura de Dendê como Salvaguarda do Ofício” é o segundo capítulo que traz uma abordagem sobre a produção baiana de modo a trazer uma visão panorâmica sócio-histórica desde a sua introdução durante o período colonial até a sua contemporânea contextualização de crise e desafios, quando a Bahia perde espaço em relação à majoritária participação do Pará no contexto da produção nacional. 

Dando continuidade a uma análise da produção do dendê, o capítulo 3, “Salvaguarda do Ofício: Produção do Azeite de Dendê”, traz uma análise sobre o cultivo do dendezeiro e sobre o processo artesanal e tradicional de produção do azeite de dendê, dando destaque ao estado da Bahia no qual persistem práticas manuais de tradição artesanal transmitida por gerações, as quais não apenas mantém uma “cultura do dendê”, mas também impõem desafios em um contexto de crise e perda de competitividade.

O quarto capítulo, “Reciclagem do Azeite de Dendê na Produção de Sabão Artesanal: Uma Questão Socioambiental”, analisa estratégias sustentáveis executadas pelo projeto Baianambiental na cidade de Salvador, por meio de propostas de tecnologias de responsabilidade socioambiental que valorizem a “cultura do dendê” à jusante na cadeia produtiva, com o objetivo de valorizar e preservar o próprio patrimônio africano no estado da Bahia. 

Por fim, no capítulo 5, “Dendê, Baianas de Acarajé, Lei de Incentivo à Reciclagem e os Impactos Sociais em Salvador”, a obra explora, no contexto nacional, a Lei de Incentivo à Reciclagem (LIR), regulamentada em 2024, e discute as suas potenciais repercussões subnacionais no aproveitamento do resíduo do dendê como prática sustentável, beneficiando assim às práticas culturais e econômicas das Baianas e Baianos de Acarajé.

Com base nestes cinco capítulos, esta obra se apresenta para um amplo público leitor a fim de fornecer subsídios teóricos e empíricos sobre a “cultura do dendê” e seus impactos e desafios na manutenção das tradições da sociedade baiana desde a realidade de produção artesanal de pequenos municípios interioranos e comunidades quilombolas até o uso do azeite de dendê na culinária, dentro de práticas religiosas e socioeconômicas.

O dendezeiro é uma palmeira de origem africana que chegou no Brasil Colonial e do qual são extraídos distintos subprodutos de seu fruto, o dendê, dentre os quais o azeite que é amplamente utilizado na culinária afro-brasileira e em diversos pratos da gastronomia baiana, uma expressão viva da identidade cultural e histórica em termos de práticas tradicionais de uma cadeia produtiva e de uma cadeia socioeconômica e religiosa do estado da Bahia.

Partindo do azeite de dendê como objeto de estudo, o presente livro aborda, ao longo de cinco capítulos escritos porpesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a sua cadeia produtiva desde à montante, com um processo artesanal de extração em um conjunto restrito de municípios baianos até a jusante em seu uso e pós-uso na capital, Salvador. 

No primeiro capítulo, intitulado “Ações de salvaguarda do ofício: a Associação das Baianas de Acarajé, Mingau e Receptivo na preservação do azeite de dendê da Bahia”, é discutida a atuação da ABAM e analisado um conjunto sistemático de ações na promoção dos saberes tradicionais associados ao dendê em um contexto de continuidade do seu patrimônio imaterial.

“Cultura de Dendê como Salvaguarda do Ofício” é o segundo capítulo que traz uma abordagem sobre a produção baiana de modo a trazer uma visão panorâmica sócio-histórica desde a sua introdução durante o período colonial até a sua contemporânea contextualização de crise e desafios, quando a Bahia perde espaço em relação à majoritária participação do Pará no contexto da produção nacional. 

Dando continuidade a uma análise da produção do dendê, o capítulo 3, “Salvaguarda do Ofício: Produção do Azeite de Dendê”, traz uma análise sobre o cultivo do dendezeiro e sobre o processo artesanal e tradicional de produção do azeite de dendê, dando destaque ao estado da Bahia no qual persistem práticas manuais de tradição artesanal transmitida por gerações, as quais não apenas mantém uma “cultura do dendê”, mas também impõem desafios em um contexto de crise e perda de competitividade.

O quarto capítulo, “Reciclagem do Azeite de Dendê na Produção de Sabão Artesanal: Uma Questão Socioambiental”, analisa estratégias sustentáveis executadas pelo projeto Baianambiental na cidade de Salvador, por meio de propostas de tecnologias de responsabilidade socioambiental que valorizem a “cultura do dendê” à jusante na cadeia produtiva, com o objetivo de valorizar e preservar o próprio patrimônio africano no estado da Bahia. 

Por fim, no capítulo 5, “Dendê, Baianas de Acarajé, Lei de Incentivo à Reciclagem e os Impactos Sociais em Salvador”, a obra explora, no contexto nacional, a Lei de Incentivo à Reciclagem (LIR), regulamentada em 2024, e discute as suas potenciais repercussões subnacionais no aproveitamento do resíduo do dendê como prática sustentável, beneficiando assim às práticas culturais e econômicas das Baianas e Baianos de Acarajé.

Com base nestes cinco capítulos, esta obra se apresenta para um amplo público leitor a fim de fornecer subsídios teóricos e empíricos sobre a “cultura do dendê” e seus impactos e desafios na manutenção das tradições da sociedade baiana desde a realidade de produção artesanal de pequenos municípios interioranos e comunidades quilombolas até o uso do azeite de dendê na culinária, dentro de práticas religiosas e socioeconômicas. 

Publicado

maio 5, 2025

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